toco-me, logo existo.
é, por isso, que, quando
a solidão lavra
a acta da desistência,
ainda aperto com força
inusitada
as minhas próprias mãos,
e lanço, em redor
dos dedos um olhar
seco e surpreso.
mas, ao desapertar, depois,
as mãos, dentro
de cada cova arroxeada,
em rigor não há nada,
salvo uma voz cósmica,
elegíaca e fria,
ecoando
nas veias do poema.
violeta teixeira, in falo-vos do silêncio, magno edições, leiria 1999
uma vez mais recebi um e-mail de mais uma leitora que resolveu presentear-me a mim e a todos os outro(as) leitores(as) do diário.
assim, aqui vos deixo o e-mail dela e nos "segredos dos leitores" a respectiva fotografia.
beijinhos a todos
mm
Olá Mulher Madura chamo-me ******** e tenho 25 anos. Tenho seguido o teu diário com toda a atenção e quase diariamente não perco um episódio. Escrevo-te para agradecer as dicas e ideias que me vais dando, tenho tentado seguir algumas delas e a minha vida sexual com o meu namorado melhorou bastante. No outro dia enchi-me de coragem e resolvi entrar para o clube das rapadinhas. Ainda não cheguei ao ponto de experimentar a cera, já nas axilas e pernas acho doloroso demais por isso nem me imagino experimentar noutro lado mas pronto o que importa é que resultou e de que maneira o meu namorado ficou louco quando viu e agora não perde uma oportunidade de me fazer a vontade. Acho que já tive mais sexo oral com ele este mês do que no resto dos quatro anos que nos conhece-mos. Fiquei tão contente que resolvi desavergonhar-me por completo e tirar uma foto para te mandar não está muito boa porque foi com telemóvel mas dá para ver mais ou menos. Se quiseres podes por na parte dos leitores mas por favor sem nome ok.
Bjokas grandes
PS: Continua, nunca pares de escrever pois acho que nem imaginas o que as tuas histórias e ideias nos inspiram.
jogadoras: minimo 2 (quantos mais melhor)
nível de dificuldade: variável (mas proporcional ao nível de diversão)
material necessário:
- pepinos de diferentes tamanhos e/ou diâmetros;
- preservativos em boa quantidade.
duração: de 10 minutos a várias horas (o limite somos nós que o definimos)
juntem-se umas quantas amigas com o material acima descrito, junte-se uma conversa apimentada e talvez uns quantos copos de uma qualquer bebida espirituosa.
após preparação e aquecimento previo, dá-se início ao jogo que consiste em diversas variantes:
variante 1 - verificar quem consegue “esconder” a maior quantidade de um mesmo pepino, marcando-se o “record” no próprio pepino;
variante 2 - verificar quem consegue introduzir o pepino de maior diâmetro (neste jogo vão-se eliminando jogadoras até que reste apenas uma);
outras variantes – todas as possiveis e imaginárias (aceitam-se sugestões) ;)
nota importante: convém pensar previamente nos prémios para as vencedoras.
e mais não digo, ou talvez até diga, mas, seguramente, não será hoje ;)
o leitor em questão abordava a situação do sexo “a mais de 2” e da forma como a sua companheira “anseia”, nas suas próprias palavras, por ter sexo com uma ou mais mulheres mas parece não conseguir arranjar companhia para tal.
eu acredito que a liberação ou libertação sexual tem muito a ver com dois aspectos principais: em primeiro lugar o medo; e em segundo lugar o preconceito.
quanto ao primeiro aspecto – o medo – incluo nesta categoria, por assim dizer, tudo o que consciente ou inconscientemente nos faz “vacilar”, hesitar e dizer não quando se calhar o que o nosso corpo queria era o oposto. o medo da sociedade e do seu olhar reprovador e crítico, o medo de ser falada, de ser exposta, o medo de não gostar ou de gostar em demasia ;) existem centenas de “medos” que precisam ser vencidos para que haja este tipo de libertação e de liberdade absoluta no aspecto sexual. o primeiro passo creio que parte de nós e não dos outros, sentirmo-nos bem e confiantes em relação a nós próprios, se tivermos medo em nos expormos aos outros iremos certamente passar esse receio sob a forma de uma certa “desconfiança” para os outros que, certamente, se irão retrair e aumentar eles próprios também o seu grau de medo, sim, porque não acredito que seja possivel eliminar de todo o medo, existem sim, diferentes graus, diferentes níveis.
quanto ao segundo – o preconceito – esse sim é um aspecto crítico e decisivo, uma pessoa pode dizer-se muito liberal e “open minded” mas na hora “h” revelar-se uma verdadeira enciclopédia de tabus e preconceitos e isso sim, pode ser verdadeiramente decepcionante para todos os envolvidos.
reportando-me às minhas experiências pessoais e às experiências de que tenho um conhecimento muito próximo devo dizer que o mais dificil nesses jogos de “partilha sexual” é a nossa (das mulheres) insegurança e noção de perca ou posse. sou da opinião de que é muito facil vencer, por exemplo, o tabu da homosexualidade feminina entre mulheres, mas muito dificil uma mulher “oferecer” a outra o seu par, o seu marido, o seu namorado, principalmente quando não existe uma segurança muito grande na sua relação, mas mesmo quando ela existe, o medo de perca, de ser trocada, dele gostar mais da outra que de mim existe e existirá sempre, agora cabe-nos a nós saber dirigir esses medos como desafios e oportunidades em vez de como ameaças.
ainda respondendo ao leitor, não acredito que se possa perguntar a uma amiga – olha lá queres ir para a cama comigo e com o meu namorado? – a resposta será sempre negativa, mesmo que haja vontade, nem que seja por receio de estar apenas a ser testada pela amiga que suspeita que a outra anda a querer “atirar-se” ao namorado dela. é muito uma questão de tacto, de conhecimento, se ela achar que conhece realmente bem uma das amigas e achar que ela poderia gostar de participar em algo desse género e estiverem dispostos a arriscar, porque é sempre um risco, eu aconselharia um ambiente propício, um jantar, um convivio, algo muito intimo, próximo e familiar entre os 3 ou mais envolvidos, algo doméstico, não creio que se possa convidar um amigo/a para sexo e combinar num motel ou algo do género. e depois é levar as coisas com calma, talvez com alguma exposição vossa ao(s) possivel(is) parceiros até chegar ao momento do convite em jeito de “não te queres juntar a nós”.
será que ajudei a esclarecer o assunto?
seria interessante que quem tem outras opiniões ou vivências que as pudesse também partilhar já que é mesmo de partilha que se trata.
olá a todos,
bem sabem que costumo pouco dirigir-me a vós, leitores, directamente, até porque um diário é isso mesmo, algo que escrevemos para "ninguém" ler.
hoje venho aqui apenas para vos dizer que, finalmente, consegui trazer algumas novidades para o diário e como o natal há muito que passou, aqui fica essa espécie de prenda para todos quantos leitores(as) do diário se interessarem.
obrigada, beijinhos e voltem sempre que desejarem,
mm
mas não, tinha razão, e a resposta aí vinha anunciada pelo vibrar duplo do telefone – ainda bem que gostaste...
quê? e o resto? ela, decididamente, estava a provocar-me, a testar cuidadosa e premeditadamente os meus limites (e quem faz isso sou eu).
decidi não enviar resposta, já tinha feito a pergunta, se ela quisesse iria responder-me mais tarde ou mais cedo, tive mesmo que me acalmar, a minha chefe com o seu olho de rapina já me tinha perguntado – afinal o que se passa consigo hoje? parece que está com a cabaça nas nuvens! – nas nuvens não estava, mas sim no telefone, na resposta da lorena e na caixa que tinha no carro ;)
hora de almoço e nada, fui almoçar e tentar não pensar mais no assunto, na volta dei de caras com ela na porta com o maior dos sorrisos “sacanas”. estás bem? – perguntou ela – estou e tu? – também! resolvi vir responder-te in persona ;)
que bem! e que resposta tens para mim? – disse eu com um ar de quem não está nem aí ;)
basta dizeres quando tens tempo para a “aula” :) eu estou pronta! – ah, queres uma “aula” individual ou de grupo?
sorri – vou saber! depois digo-te, pode ser? – sim, claro, estarei à espera, acrescentando já de saida e ao passar por mim, quente e molhada como sempre!
até me arrepiei, aquela mulher estava mesma a sair-me mais “fresca” que a conta e estava a ganhar um “péssimo” hábito, aprender a provocar-me ;)
liguei à “su” e contei-lhe de todo o sucedido, ela riu a bom rir no telefone e disse, amiga, estás com sorte, dividimos essa aula, essa eu não perco por nada! vocês andam a divertir-se muito sem mim! fico ciumenta!
marcamos para a noite do dia seguinte, véspera de fim-de-semana com tempo para “estudar” o assunto sem correrias. à hora marcada lá estava ela, pontual como sempre entrou e depois dos cumprimentos foi logo perguntando – então, qual é a dúvida? o que querem saber?
queremos que nos ensines a usar esta cobra – disse a “su” já com o dito cujo fora da embalagem e agitando-o no ar.
muito fácil, é como todos os outros ;) só que duplamente melhor. e como é duplo, temos duplas possibilidades J
mas melhor que explicar o melhor é mostrar, não acham?
quem quer ser a primeira?
sem dar resposta alguma sentei-me de imediato no sofá à frente dela, ela cumprindo a sua função com todo o profissionalismo pegou no dildo e começou a massajar-me a ratinha por cima das cuequinhas mas o facto é que eu estava para lá de excitada com aquilo e também já tinha trocado umas brincadeiras dessas com a “su” antes dela chegar J levantei-me, baixei as cuequinhas e abri as pernas dizendo, mostra-me lá o que isso faz ;)
ela percebeu que eu já estava mais do que pronta para a acção e começou a introduzir o “brinquedo” na minha ratinha, aos poucos foi introduzindo, introduzindo e introduzindo até não poder mais, aquilo é gigantesco, é impossivel caber tudo dentro de uma ratinha só, mas faz sentido porque é suposto estar alguém do outro lado J
arrepiei-me com aquela sensação de constante penetração daquela cobra dentro de mim até ao fundo mas a lorena olhou para mim com um ar terno como que dizendo “calma, não te vou magoar”, relaxei, ou procurei relaxar o mais que pude, com o dildo a enxer-me as medidas por inteiro pensei, o que será que ela vai fazer agora?
não demorou muito até ter resposta, ela colocou as mãos em volta das minhas ancas fazendo-me deitar um pouco mais e abocanhou a outra ponta do dildo como se de um pénis real se tratasse, nessa posição, começou a fazer movimentos pendulares penetrando-me com o dildo ao qual simultaneamente estava a simular um broche, confesso que foi excitante, as mãos sobre as minhas ancas prendendo-me e puxando-me fazendo-me sentir as penetrações profundas que ela me fazia com a boca.
o que ela não sabia é que nós também tinhamos uma surpresa para ela e aproveitando esta acção a “su” equipou-se a rigor com o strap-on, pois era definitivamente um dia para todos os testes, e já estava atrás da lorena tocando-lhe na ratinha com a mão, aquecendo-a para algo que ela não esperava. fiz-lhe sinal como que dando-lhe a indicação que era hora de pôr em prática o nosso plano, a “su” afastou-lhe as cuequinhas dela para o lado sem as tirar e, algo abruptamente, enfiou-lhe o strap-on na ratinha fazendo-a contorcer-se a fechar os olhos, olhou-me e piscou-me o olho como que dizendo – vocês são tramadas!
e assim continuamos com ela a usar a mão e maioritariamente a boca para me fazer atingir o orgasmo com o dildo duplo, ao mesmo tempo que a “su” lhe enfiava o strap-on. notei que a “su” estava a divertir-se imenso, ela adora dominar e aquela situação era perfeita para ela, estava literalmente a “foder” a lorena com toda a força e estava disso a retirar o maior dos prazeres. acabamos por nos vir todas, creio que a “su” com muito menos intensidade que nós, talvez porque estava mais preocupada em “rebentar” com a lorena do que em disfrutar do strap-on e eu sei coimo ele pode dar bom prazer mesmo a quem o tem colocado.
a lorena chamou a “su”, tirou-lhe o strap-on e mandou-nos deitar às duas no sofá para lados opostos, percebemos que era a hora de testar a coisa para aquilo que foi feita, puxou-nos uma para junto da outra ficando quase que ratinha com ratinha, enfiou cada uma das pontas nas nossas ratinhas e deixou espaço ao centro para colocar a mão dela e assim nos foi penetrando ora mais cá ora mais lá, a certa altura retirou a mão e disse – agora a solas, a coordenação de movimentos nessa altura já era bem mais fácil e foi uma sensação excelente, estarmos a fazer tudo e a sentir tudo em simultâneo e não “à vez” como sempre tinha acontecido.
acabei por atingir o orgasmo novamente primeiro e chamei a lorena para que tomasse o meu lugar, tinha estado nos ultimos minutos apenas como voyeur, masturbando-se, ela aceitou de pronto e passou a carregar com mais força a “su”, tanta que se tocavam os corpos fazendo desaparecer o gigante dildo dentro de ambas, senti a “su” a vir-se vigorosamente e pouco depois a lorena também atingiu o orgasmo.
depois de recuperadas ficamos um pouco à conversa e a lorena perguntou – então, gostaram?
claro, foi optimo! é realmente diferente, como uma coisa simples pode dar tantas possibilidades. e ainda não viram tudo! – disse a lorena – então? há ainda mais uma coisinha que se pode fazer com ele que vocês ainda não viram e dito isso voltou a enfiá-lo na ratinha, ficamos as duas embasbacadas a olhar para ela a ver o que dali ia sair, cuidadosamente ela pegou na outra ponta e sem desenfiar a que tinha na ratinha começou a introduzir a que restava no rabinho, isso mesmo, aquele dildo duplo permitia que ela efectuasse a si própria uma dupla penetração vaginal e anal, acabamos por ficar nós duas desta vez de voyeurs enquanto ela se auto-penetrava duplamente até atingir novo orgasmo.
uau! por essa realmente não esperavamos!
mas se pensam que a noite se ficou por aqui em termos de inovações e criatividade, enganam-se, faltou a última e mais luxuriosa das lembranças da “su”, mas essa é uma história que fica para uma outra página deste diário.
no dia seguinte, ao sair de casa, lembrei-me do aviso e levei-o comigo, estava curiosa para saber o que raio seria essa encomenda postal que ainda por cima não tinha informação nenhuma do remetente.
não consegui conter a curiosidade, esperei um pouco e passei nos correios mesmo antes de ir para o trabalho, mesmo correndo o risco de chegar atrasada eu tinha que saber que raio de encomenda era aquela e de quem vinha pois inclusivamente poucas pessoas têm a minha morada de casa e quando normalmente encomendo alguma coisa por via postal costumo colocar a morada do emprego pois assim é mais fácil receber a encomenda, tudo isto me parecia tão estranho.
levantei a encomenda nos correios, uma caixa relativamente pequena, mais ou menos do tamanho de uma caixa de sapatos, branca, lisa e sem qualquer indicação de quem ou de onde vinha. no remetente apenas duas iniciais - “a. i.”, rapidamente fiz uma busca na minha agenda mental a ver se conseguia decifrar aquele código, poderia ser “ana isabel”, tirando o facto de não conhecer nenhuma, ou “antónio inácio” que também não faço a menor ideia de quem seja, de quem seria aquela encomenda e mais, o que estaria dentro daquela caixa imaculada.
pelo sim, pelo não levei-a comigo para o carro, “sentei-a” no banco do pendura e olhei para ela umas quantas vezes antes de decidir abri-la, depois pensei comigo mesma – oh pá, não sejas tonta, o que poderá estar ai dentro, não és ninguém famoso para ser uma bomba ;)
abri a caixa, dentro tinha um bilhete e um embrulho um pouco mais pequeno mas desta vez envolvido em papel vermelho vivo. se curiosa estava, mais curiosa fiquei, abri o bilhete que dizia apenas – una pequena oferta para una grande persona – percebi rapidamente pelo “português” que só poderia ser da lorena, rasguei rapidamente o embrulho e dei de caras com... mais um brinquedo para a colecção ;) um dildo, mas não um dildo qualquer, um dildo duplo, ou seja, um dildo daqueles maleáveis e translúcidos, comprido e com um formato masculino em cada um dos lados, uma espécie de “serpente de duas cabeças”, uma em cada extremidade ;)
surpreendida por tamanha oferta guardei tudo na caixa e rumei ao trabalho que já estava atrasadissima, pelo caminho escrevi uma sms à lorena dizendo apenas – obrigada pela oferta, por certo vai ser muito útil. não tive qualquer resposta e já no trabalho não contive os meus impulsos e enviei nova sms acrescentando – só tenho um problema, não sei como como usar, queres ensinar-me?
e a resposta, foi...
olá a todos, venho aqui colocar apenas um pequeno post it entre duas páginas do meu diário somente para vos dizer que, como alguns terão reparado, tenho tido alguns problemas com as "dúvidas existênciais" que tenho colocado aos leitores, no que diz respeito ao site onde tinha a "questão", assim, resolvi repetir a última pergunta usando um outro site que permite a gestão deste tipo de coisas, a todos quantos já tinham participado as minhas desculpas, pedindo que o voltem a fazer.
obrigada,
mm
- então e tu, gostas de o penetrar? perguntei eu já com ela “fisgada” – sim, no inicio foi estranho mas a intimidade e o envolvimento foram tão grandes que passei a gostar e muito. e ele? – perguntei novamente – ele também gosta, claro! – não, não era isso que quero dizer, se ele também gosta do teu? ah ah ah! - riu a lorena – é claro que sim, todo o italiano é doido por um “culo”! são muito mais as vezes que ele vai ao meu do que eu ao dele ;) riu.
eu sei que noutras culturas esse é um assunto um pouco, como se diz, “tabù”, mas para nós em italia é muito comum e não só nas cidades e nos lugares mais “evoluídos” se posso dizer assim, mesmo na aldeias, e a minha mãe nasceu numa do interior da toscania, era muito comum até as “ragazzas” mais novas e das familias mais religiosas que queriam ir virgens para o casamento darem o “culito” ao namorado para protegerem o “più sacro”.
ora aqui está mais uma lição de cultura italiana daquela que não vem nos livros – pensei eu, alto – exactamente! – disse a “su”, parece que voltámos à escola, só que esta tem matérias mais interessantes ;) rimos todas.
acabei por lhe contar as minhas experiências nessa campo, tanto as boas, como as más (quem não sabe do que estou a falar procure nas páginas mais antigas deste diário e encontrará) e ela ficou chocada principalmente com a má experiência, como pode alguém ter uma atitude tão “anti-sexual” – chegou a perguntar.
e fantasias, tens muitas ou esta era a última? – perguntou a “su”. ultima? – disse ela surpreendida com a questão – cada vez que cumpro uma, parece que mais 10 aparecem de novo, o sexo é como o futebol, quanto mais se treina e mais jogos se faz, mais golos se marca, maiss se quer correr, jogar e marcar, melhorar o desempenho, ter um melhor contrato, ir para uma melhor equipa, não digo com isto que é preciso mudar de parceiro ;) mas às vezes é preciso algo diferente, algo que nos faça sonhar, que nos estimule todos os sentidos e é isso que sempre procuro. o alberto, o meu namorado, também é assim, por isso que sempre nos demos bem e nunca tivemos problemas no nosso relacionamento, sempre foi sincero, posso dizer-vos que já lhe contei das outras vezes que tive sexo com vocês ;) contaste? – gritámos as duas em coro – sim, claro! é esse o nosso segredo para nos mantermos juntos, honestidade! e ele? que é que ele disse? – disse para ter cuidado, para escolher bem as companhias, para não correr riscos desnecessários e, pesando isso, para me divertir o melhor que pudesse. ah, mas sem homens! ;)
ele deixa-te ter sexo com mulheres mas não com homens, é isso? – não, não creio que seja isso, já falamos até na possibilidade de podermos incluir outras pessoas na nossa sexualidade, sejam homens ou mulheres, simplesmente nunca aconteceu antes mas acredito que se chegarmos a esse ponto, e acredito que um dia chegaremos, com outro homem ele quer ter uma palavra a dizer e, acima de tudo, estar presente ;)
uau, era um homem assim que eu precisava! – diz a “su”. e eu, e eu – digo eu. talvez tenham sorte ;) mas atenção que este é meu e eu sou uma fera quando tenho concorrência ;) remantando em seguida com, senão a melhor, uma das melhores frases na noite, “quanto muito posso talvez emprestá-lo um pouquinho”.
ficamos as duas a olhar uma para a outra boquiabertas e sem reacção, não dissemos uma palavra mas os nossos olhares cruzaram-se como que dizendo em coro: “quando! quando!”.
entre dentadas na pizza fomos conversando e a “su” chutou logo acerca do strap-on – sim senhora, a menina da maneira como usa aquilo vê-se que não era a primeira vez! mas espera lá, não tinha sido a primeira vez que tinhas sexo com mulheres? a lorena riu, corou e mudou de côr umas 3 vezes até dizer alguma coisa. depois, respirou fundo e soltou mais uma revelação bombástica – sim, é verdade! não foi a primeira vez que usei o strap-on, confessou, mas também é verdade que foi com vocês a minha primeira experiência com mulheres!
quê? – ficamos as duas meias parvas a olhar uma para a outra.
mas a algum custo ela lá nos foi fazendo a revelação - sim, sabem, é que já o usei algumas vezes mas com o meu namorado.
com quem? como? o quê?
sim, é isso, ele gostava que de vez em quando fosse eu a fazer de homem. mas espera lá – gritava a “su” – tu estás a querer dizer-nos que lhe ias tu ao rabinho com isso? sim, era isso mesmo, sorriu. sempre tivemos uma relação muito aberta e sempre gostamos de experiências novas, um dia, experimentamos isso e depois fizemo-lo mais umas quantas vezes, ele de vez em quando gostava disso e eu, ao incio estranhei, mas depois não sei, a sensação de controlo, de dominio, é muito diferente ;)
a conversa entre dentadas de pizza durou até de manhã e a lorena revelava-se cada vez mais um membro importante do nosso grupo ;)