curiosa como sempre não resisti a espreitar descaradamente enfiando a cabeça entre os bancos para ver o que se passava. a lorena tinha de facto a mão entre as pernas do alberto e acariciava-o por cima dos jeans – uau – pensei – esta mulher é louca mesmo, aqui, agora em frente de todos – mas logo a aparente loucura daquele momento deu lugar à luxúria quando a lorena desapertou todos os botões dos jeans e expôs o pénis semi-rijo do parceiro fazendo os meus olhos quase saltar da cara. vês! – disse ela sorrindo com um olhar lascivo – “masturbazioni”! – enquanto continuava a acariciar o pénis do alberto que, a cada toque, se tornava visivelmente mais rijo e teso.
está muito seco! – disse ela ao mesmo tempo que desapertava o cinto de segurança e alcançava o pénis do alberto com a boca dando-lhe duas valentes chupadelas. ele continuava quase impávido, de olhos fixos na estrada tentando não se desconcentrar da condução.
já mais lubrificado e, principalmente, bem mais teso, a sessão de “mão” continuou com ele a espaços a não conseguir conter um ou outro gemido, eu não queria acreditar no que estava ali a acontecer e uma vez mais com todo o descaramento próprio da curiosidade, enfiei novamente a cabeça por entre os bancos e espreitei-os. a lorena ao ver-me riu-se novamente e disse-me – queres alguma coisa? – olha que há que chegue para as duas! – retraí-me e como que me escondi atrás do banco do alberto mas logo senti uma das mãos da lorena à minha procura atrás do banco – anda cá! não te faças de tímida que eu sei que não és! – e dizendo isto puxa-me uma das mãos para a frente e faz-me sentir o membro viril do alberto. confesso que toda aquela envolvência estava apetecivelmente perigosa e aquele gesto foi o culminar de uma tesão latente, a partir desse momento, esqueci tudo, esqueci principalmente o pasquale que permanecia quieto e calado no cantinho do seu lugar como se não estive ali, tentando permanecer incógnito em toda aquela confusão. creio que apesar de o ter “esquecido”, a sua presença ali estava a apimentar ainda mais a coisa, sentia-me observada na minha intimidade e por um estranho, por um ilustre desconhecido, senti-me como se estive num peepshow daquele de amsterdão onde nós pagamos para espreitar pessoas a praticar algo de sexual, só que desta vez eu era uma dessas pessoas que faz o show (e nem sequer tinha cobrado bilhete).
a sessão a duas e quatro mãos durou alguns minutos mais até que o alberto deu sinal que se ia vir e a lorena rapidamente abocanhou o seu membro recebendo todo o seu “néctar” o qual engoliu na totalidade permanecendo por algum tempo mais lambendo-o por inteiro até devorar todos os resquícios.
Fitei o olhar por breves momentos no pasquale. permanecia quieto, imóvel e com os olhos mais esbugalhados que nunca. não disse uma única palavra, não esboçou um único gesto mas uma coisa não conseguiu de forma alguma esconder, o volume entumecido que quase rompia as suas calças.
confesso que tive vontade de o “aproveitar” de o provar, de o devorar também mas, afinal de contas, ele era apenas, e ainda, um ilustre desconhecido.
depois há a “semana santa”, os almoços em família, os folares, as amêndoas e tudo o mais que é próprio da época.
mas, este ano, foi diferente, muito diferente mesmo. começando pela “su” que tirou férias e foi para maiorca curtir o namorado e ainda, o facto mais relevante, o alberto estava de volta e, desta vez, trazia consigo um amigo, o pasquale (ai o pasquale!) se o alberto não era nada de deitar fora, o pasquale era um verdadeiro “pão”, bonito, elegante e com aquele ar de “maldini” (ai o maldini, que tantos jogos de futebol equipa da italia me fez ver!). como diz a “su” é de “molhar a cuequinha” só de olhar!
tocaram-me à campainha estava eu refastelada no sofá quase a dormir – vamos fazer uma “road trip”, queres vir? – diz-me a lorena no intercomunicador – vão o quê? – perguntei eu ainda meia a dormir – fazer uma “road trip”! uma viagem de carro para mostrar aos “homens” o teu país e eu também conhecer um pouco mais, precisamos de uma “guia”, queres vir? – mas eu não tenho nada preparado! – não importa, mete alguma roupa numa mala e vem, estamos à tua espera!
e agora?! pensei por 2 segundos – “que se lixe, vou!” – enfiei à pressa meia-dúzia (talvez mais J) de peças de roupa sortida numa mala pois nem sequer sabia para onde íamos e se estava frio ou calor e desci o mais depressa que pude. ao descer é que pensei - e o carro? ela não tem carro! – mas mal pus um pé fora da porta percebi que essa situação estava resolvida – onde foste tu buscar esse carro? é teu? – perguntei eu – não! o alberto e o pasquale alugaram-no no aeroporto à chegada e por isso temos que o aproveitar! – pus a mala na bagageira e entrei no carro e já sentada perguntei – onde vamos? – ao que a lorena me respondeu – não sei, decides tu! – eu?!
não estava nada à espera de ter que decidir num minuto o roteiro da viagem e a negociação demorou algum tempo. ok, não dá para irmos a todo o lado! – disse eu decidida - com os poucos dias que temos ou vamos para norte ou vamos para sul! – qual é melhor? – perguntou a lorena – são diferentes, não posso dizer qual é melhor! – decidimos optar por um critério “distância vs locais para visita” e nesse capítulo ganhou o norte porque andando a mesma distância creio que há mais variedade e, acima de tudo, as coisas são mais próximas umas das outras e logo, dá para visitar mais locais.
apontei a direcção a seguir e lá fomos, a caminho da aventura, há muito que não me metia numa destas e aquela sensação de ter outra vez 20 anos estava a dar-me imenso gozo.
a certa altura na viagem e já em plena auto-estrada chamei a atenção do alberto para a velocidade pois achei que ele estava a andar a uma velocidade um pouco acima das nossas velocidades aproximando-se perigosamente daqueles valores que a polícia adora. ele respondeu-me o melhor que pôde que a culpa era da lorena que lhe estava a pôr a mão na virilha e que isso o estava a fazer carregar no acelerador. rimos todos dentro do carro mas pior que isso foi a resposta pronta da lorena que lhe disse que então se lhe fizesse um “pompini” o carro voava. para bom (italianês) entendedor o tal “pompini” era obviamente aquilo que designamos por “broche”. mas talvez nem tenha sido o facto de ela ter dito isso que me chamou mais à atenção, mas sim o facto de ela ter tido o à vontade para fazer tal comentário nem digo na minha presença mas mais na presença do pasquale. fiquei um pouco calada e ela, olhando para mim pelo retrovisor percebeu o que me ia no pensamento e disse – “amica” não te preocupes que o pasquale é da família – percebi que ali havia uma grande intimidade o que, afinal de contas, era bom para quebrar o gelo.
a viagem lá foi continuando e eu, como boa “guia” lá fui indicando o melhor que podia os locais e a sua importância histórica ou cultural. mas a dado momento fui interrompida por um gesto mais brusco do alberto – é ela novamente – disse ele. ai “ragazza, o que estás tu a fazer ao homem? – perguntei eu na brincadeira com ela – ao que ela me respondeu lacónica – “masturbazioni” …
(to be continued)