para quem quiser conferir as novidades é só passar na secção respectiva.
mas hoje é também um dia especial, isto porque uma das participações é de uma “senhora maria”, maria porque tem nome, maria porque é verdadeiro e maria porque segundo ela, na sua geração, todas as mulheres eram “marias de qualquer coisa”.
na verdade, esta leitora maria, já passada dos 60 como ela me fez saber, fez-me pensar muito enquanto lia o e-mail que me escreveu. agradeço as suas lindas e verdadeiras palavras e sobretudo, sábias, de quem realmente sabe da vida.
não vou aqui transcrever o e-mail porque é muito pessoal mas realço, comentando, alguns pontos que considero os mais fortes e mais verdadeiros. é bem verdade cara maria, a juventude que se pensa por vezes muito “modernaça” acaba, muitas vezes sem saber, por apenas voltar às raízes, às suas próprias raízes, aquelas que muitas das vezes renega como se fossem motivo de vergonha para alguém. antes de haverem grandes cidades só haviam pequenas cidades e antes delas vilas e aldeias e nelas reside a pureza da vida e também, como me fez ver, da sexualidade.
a leitora maria lembra-me que “jogos de pepinos” (cenouras e outros vegetais e etc e tais) já eram “entretenimento da sua mocidade” para as mais “afoitas”, o sexo (homem-mulher) não era bem aceite nem visto e as “vontades” todos e todas as tínhamos como vocês têm agora (ou mais ainda).
ela conta ainda que as “experiências transcendentes” na forma como falamos delas agora, da homossexualidade ou bissexualidade, das “amigas” mais “amigas” sempre existiram, só que na altura chamávamos-lhe “primas”, que sempre foram “primas” ou de onde acham que vem a expressão “quanto mais prima, mais se lhe arrima”.
a amiga maria, que recusa ser dona de algo mais do que o seu próprio nariz, lembra também acerca das visitas ao campo, ao pinhal ou a outra qualquer lugar campestre - “oh minha amiga, nós estávamos lá os 365 dias por ano” – “não havia capots de carros, mas havia carros de bois e na falta deles muito feno onde deitar”.
e assim, seguindo as ideias que foi lendo aqui no diário, resolveu pegar no seu “manel” e lançar-se na aventura, na aventura de reviver o passado à luz do presente, pela primeira vez “rapei a passarinha” e “olhe que até gosto, fica mais fresca agora para o verão” – diz com um sorriso implícito. e pronto, o resto, foi o que se viu ou o que vai ver agora.
tive curiosidade e perguntei-lhe como conseguiu fazer as fotografias e enviá-las por e-mail. respondeu-me que era “velha” mas não era “burra” e desde que se reformou há cerca de 2 anos e meio que tem frequentado diversos cursos de computadores e internet que existem na junta de freguesia onde mora “aquilo das rendas, ponto-cruz e tricots não é para mim, aquilo é para gente velha de espírito e ainda nova de corpo”, “eu sou o contrário, já vejo muito mal para essas coisas mas ainda apalpo muito bem” – rematou.
há dias assim, em que nos sentimos realmente pequeninos no mundo e mesmo achando-me “madura”, senti que estou bem mais “verde” do que pensava.
o meu obrigada à maria, ao manel, e a todas as marias e maneis que por aí andam, incógnitos.
uma vez mais recebi um e-mail de mais uma leitora que resolveu presentear-me a mim e a todos os outro(as) leitores(as) do diário.
assim, aqui vos deixo o e-mail dela e nos "segredos dos leitores" a respectiva fotografia.
beijinhos a todos
mm
Olá Mulher Madura chamo-me ******** e tenho 25 anos. Tenho seguido o teu diário com toda a atenção e quase diariamente não perco um episódio. Escrevo-te para agradecer as dicas e ideias que me vais dando, tenho tentado seguir algumas delas e a minha vida sexual com o meu namorado melhorou bastante. No outro dia enchi-me de coragem e resolvi entrar para o clube das rapadinhas. Ainda não cheguei ao ponto de experimentar a cera, já nas axilas e pernas acho doloroso demais por isso nem me imagino experimentar noutro lado mas pronto o que importa é que resultou e de que maneira o meu namorado ficou louco quando viu e agora não perde uma oportunidade de me fazer a vontade. Acho que já tive mais sexo oral com ele este mês do que no resto dos quatro anos que nos conhece-mos. Fiquei tão contente que resolvi desavergonhar-me por completo e tirar uma foto para te mandar não está muito boa porque foi com telemóvel mas dá para ver mais ou menos. Se quiseres podes por na parte dos leitores mas por favor sem nome ok.
Bjokas grandes
PS: Continua, nunca pares de escrever pois acho que nem imaginas o que as tuas histórias e ideias nos inspiram.
serve esta página para deixar os meus sinceros agradecimentos a todos eles e, muito especialmente, para vos revelar a todos mais uma contribuição via e-mail de uma leitora que se identifica como luana, cabo verdiana de ascendência e moradora algures na margem sul do tejo.
luana, tudo de bom para ti, e continuação desse espírito.
Uma vez mais reafirmo que o diário, na sua categoria - “segredos dos leitores” - está aberto à participação de todos quantos, como a luana e a madura 50 nos queiram dessa forma presentear.
beijinhos e obrigada,
mm