Quinta-feira, 8 de Maio de 2008

algarve “swing” surpresa

verão de 2002, eu e a “su” tínhamos acabado de nos separar em termos de habitação. estávamos até bastante longe uma da outra e raramente nos encontrávamos, mas nunca perdíamos o contacto diário pelo telefone, e-mail ou “messenger “ (no trabalho) ;) tínhamos combinado tirar uns dias de férias ao mesmo tempo para que pudéssemos pôr a conversa em dia.

algarve foi o destino escolhido, uma tia da “su” tinha um apartamento de veraneio junto à praia da rocha em portimão que ela costuma alugar aos turistas. estávamos ainda na segunda quinzena de junho e como nessa altura não havia muita procura ela pediu-lho para passarmos uns dias.

já não nos falávamos “cara-a-cara” há uns 2 meses, o emprego mudou-nos de cidade e fez-nos afastar um pouco, mas apenas da vista porque continuávamos unidas como sempre.

mal nos instalámo-nos, pusemos logo os bikinis e rumamos à praia. não estava um dia particularmente quente, o sol escondia-se por entre as muitas nuvens e raramente aparecia, mas isso não nos fez esmorecer. era para a praia que vínhamos e para a praia fomos.

sentamo-nos no areal que parecia imenso naquele dia e meio embrulhadas nas toalhas lá começamos a por a conversa em dia.

pela praia passeavam apenas alguns casais de “bifes” já vermelhões que nem lagostas e no mar alguns surfistas tentavam apanhar algumas ondas quase imaginarias.

então e como é que estamos de “gajos” pergunta a “su”. na mesma, respondo eu, pois é amiga, parece que afastadas perdemos a força ;) juntas formamos uma espécie de íman que atrai os gajos todos, rimos as duas numa enorme gargalhada. mas a verdade é que era mais ou menos isso, talvez porque quando afastadas nos dedicávamos quase exclusivamente ao trabalho e tudo o resto nos passava ao lado.

como não tínhamos muito o que fazer e estava até um certo frio resolvemos “gozar” com os surfistas que no mar fingiam apanhar ondas pois de ondas nem sinal, mas o gozo durou pouco que eles resolveram sair da água e vieram sentar-se e mudar de fato perto de onde nos estávamos. eram uns miúdos mas muito bem compostos fisicamente (e como eu adoro carninha) ;) muito atléticos mas muito elegantes e definidos com os quadradinhos dos abdominais a saírem todos, percebemos pela conversa que eram “locais”, ficamos ali a admirar a cena, semi-ocultas por entre os óculos de sol.

tão depressa como chegaram se foram, com as pranchas debaixo dos braços fortes e os calções a deixarem transparecer uns belos “rabiosques” ;)

estava na hora do almoço e rumamos nos também a um snack-bar próximo que já conhecemos de outros tempos. sentamo-nos na esplanada que estava fechada lateralmente com os toldos de plástico de forma a quebrar o vento, ali sim, estava-se muito bem. ocupamos um lugar mesmo na primeira fila e ao centro e pusemos as pernas em cima de um pequeno muro. estava quente e sabia mesmo bem aquele quentinho.

estamos nós já a comer e reparamos que ao fundo, dentro do café, estavam os surfistas já a finalizar a refeição e nas despedidas, dois deles ficaram e dirigiram-se à parte da esplanada sentando-se numa mesa ao nosso lado, reparamos que eram iguais ;) isso mesmo, eram gémeos, tão idênticos mesmo que era quase impossível distingui-los. a única forma de o fazer era mesmo pela roupa, pois, curiosamente, usavam os mesmos modelos mas em cores diferentes. a “su” decidiu logo fazer amizades metendo-se com eles fazendo uma piada ao facto de serem iguais.

palavra puxa palavra e conversa puxa conversa ficamos umas 2 horas ou mais nisto. acabamos por nos despedirmos deles combinando um jantar lá em casa nessa mesma noite e já eram 5 de tarde.

e agora “su” que é que vamos fazer? deixa comigo, conheço isto como as palmas das minhas mãos. fomos até uma rua meio escondida no meio da parte antiga bater a uma porta de uma casa tipicamente algarvia onde a “su” conhecia uma senhora que segundo ela fazia um arroz de marisco de “chorar por mais”, encomendamos o arroz à senhora que nos avisou logo que ia ficar meio “pobrezinho” porque era muito em cima da hora e não dava tempo de ela ir escolher os ingredientes.

tudo pronto, na hora marcada lá chegaram eles, bem vestidos e perfumados, trocamos um olhar de surpresa entre nós.

entre servirem os aperitivos que eles próprios trouxeram e começarem a arrumar as coisas para o jantar a nossa surpresa ia aumentando, estes rapazinhos eram mesmo muito “educados”.

o jantar foi longo e bem regado com um belo vinho por eles escolhido e a conversa claro, já ia bem animada, levamos estrategicamente as coisas para a cozinha e deixamo-los na sala. ainda não tínhamos passado totalmente a porta e já estava a “su” - e agora? como é? olha, logo se vê, disse-lhe eu rindo.

mais alguns drinks e algumas conversas “apimentadas” e sem sabermos bem como já estávamos aos pares, a “su” sempre mais despachada nestas coisas já se amassava com um deles no sofá e eu segui-lhe o exemplo.

momentos depois percebi que ela se estava a levantar e a conduzi-lo ao quarto do fundo e não passou muito mais tempo até que os começamos a ouvir a gemer, ouvi-los assim tão próximos e sabendo exactamente o que se estava a passar excitou-me de uma maneira que nunca pensei e era chegada a minha hora de desfrutar plenamente daquele rapazinho educado e cheiroso.

estávamos em quartos contíguos e as paredes eram extremamente finas e mal isoladas como se usava na altura e ambos ouvíamos tudo o que se passava em cada um dos quartos, e a excitação que isso dava era imensa. fodemos de todas as maneiras possíveis e imaginarias e tive um conjunto de bons e intensos orgasmos. ele também estava bem satisfeito e repousava um pouco a recuperar as forças. sai do quarto e fui à casa de banho. nem 2 minutos depois oiço a “su” a bater à porta. entrou e disse: grandes bombas! olha que se eu grito tu não me ficas atrás ;) rimos mais uma vez.

ainda eu mal me tinha levantado da sanita já estava a “su” nas suas divagações, sabes o que era mesmo bom agora? não “su” diz lá. fazermos uma troca. que troca? estás parvinha ou quê? assim, sem mais nem menos. não, uma troca sem eles saberem. fiquei mais confusa ainda.

plano da “su” era irmos ao quarto, colocar-mos uma venda em cada um dos rapazes e fazermos um jogo, sem que eles se apercebessem trocávamos de quarto de modo a que cada uma experimentasse ambos sem que eles soubessem.

era um jogo arriscado mas, para variar, alinhei e eles também foram na cantiga. depois de mais uma sessão de gemidos em tudo idêntica à anterior voltamos aos quartos de origem e caímos todos exaustos na cama onde adormecemos.

acordamos cedíssimo com o sol a bater nas nossas caras pois esquecemo-nos de fechar as portadas, levantamo-nos todos e fomos até à sala, mas os rapazes estavam com um ar “suspeito” um riso contido que não percebíamos muito bem o significado, será que eles se tinham apercebido que tínhamos feito?

na cozinha enquanto preparávamos algo para comer, a “su” dizia, só pode eles “toparam-nos” mas também, que se lixe!

o pequeno-almoço foi assim meio estranho com toda a gente a parecer ter algo para dizer mas ninguém tinha coragem de dar o primeiro passo. foi então que um deles não se contendo mais riu-se e falou. olhem, desculpem lá o nosso riso, nós não vos queríamos faltar ao respeito mas é que nós percebemos logo o jogo de ontem de vocês. rimos a duas meio envergonhadas. ok não faz mal ;) não, continuo ele, mas é que há outra coisa, não é por isso que nos estávamos a rir, mas sim porque nós pensamos e fizemos o mesmo ;) riram-se eles que nem loucos ficando nós com cara de parvas a olhar.

depois de raciocinarmos uns segundos finalmente acordamos e percebemos o que eles nos estavam a querer dizer, ou seja, quando nós trocamos de quarto eles já o tinham feito anteriormente e acabamos por estar sempre com a mesma pessoa ;)

ok, já diz o ditado que “amor com amor se paga” rimos todos a bom rir num misto de vergonha e comédia pelo momento algo anedótico.

antes de sairmos em direcção à praia rematou o outro, mas olhem não há problema, podemos sempre voltar, se quiserem ;)

quem sabe, quem sabe! – dissemos nós rindo.

 

sinto-me: envergonhada
banda sonora: jennifer lopez - let's get loud
publicado por diariodeumamulhermadura às 09:32

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