segunda-feira, dia chato, mais chato e mais aborrecido ainda quando não se fez nada de jeito. entre uma manhã de entrevista para um possível emprego e uma tarde passada a olhar para montras de shopping sem comprar nada a escolha é difícil sobre qual o pior momento do dia.
ainda a viver com a “su” na nossa fase pós-universitária mas com ela com mais sorte do que eu em termos de emprego, os dias estavam um tédio mesmo.
cerca das 8 horas chega a “su” com aquele ar de atarefada de “dona de casa” com sacos de supermercado misturados com a pasta do trabalho e um casaco que foi buscar à lavandaria.
recebo-a no sofá, nem me mexi, apenas disse: olá. então, que é que se passa contigo, estás doente ou quê? não, estou para lá de entediada, o dia foi uma verdadeira porcaria. ok, já percebi que não correu muito bem, mas deixa lá que estamos juntas nesse barco, hoje o meu também foi para esquecer.
e jantar? - diz ela. não me apetece nada, não me apetece sequer pensar em ir para a cozinha. olha, a mim também não, estou que nem posso dos meus pés. pedimos uma pizza? – diz ela olhando para mim e soltando uma gargalhada. não me consegui conter e apesar da neura com que estava ri também. a risada tinha a ver não com a pizza em si mas com o entregador de pizzas de um restaurante ali próximo de casa. era um miúdo com os seus 18 ou 19 anos com um ar atlético, alto e bastante engraçadinho. numa maluqueira da “su” algum tempo antes, que lhe deu para lhe lançar “olhares penetrantes” durante uma entrega de comida ficou algo “no ar” e cada vez que foi lá a casa depois disso olhou-nos sempre de maneira diferente.
pizza? pode ser. não estou mesmo com muita vontade de pensar noutra coisa, pede tu. lá foi ela para o telefone e passado um pouco grita, 25 minutos, pode ser? já não é mau gritei eu, mas preferia 1 horinha bem aviada. o que eu não sabia era que ela ainda estava ao telefone e passei uma vergonhaça logo ali.
podias ter avisado “su”, eu sabia lá que ainda não tinhas desligado. olha, acontece, agora ficaram a saber todos os teus gostos ;) e riu-se.
se já não estava muito animada a situação ainda me deixou mais chateada, detesto passar vergonhas, como já devem ter percebido por posts anteriores, fico furiosa. mas desta vez a culpa era mesmo minha e não tinha em quem descarregar, nisto diz a “su”: vamos fazer algo verdadeiramente louco!
quê? “su” hoje não estou com muita paciência para essas coisas. não, a sério, vamos, vamos, vais ver que te animas logo. sim, claro, e que tipo de coisa “verdadeiramente louca” é essa, posso saber?
podes, claro que podes, até porque vais fazer parte dela ;) vamos atacar o rapaz das pizzas! vamos quê? tu não estás boa da cabeça! vamos atacar o rapaz das pizzas? porquê? estás a ver se nos metes nalguma alhada.
nada disso, já viste como ele olha para nós daquele aquele dia? ele está mortinho por acção. mas acção que acção? que é que estás a pensar fazer? e correu para a sala frenética como sempre a contar-me o seu plano “mirabolante”.
estás louca – disse-lhe eu de pronto. não estou nada! vai ser o máximo! alinhas ou não alinhas?
ela sabe que eu detesto que ela diga isso, ela sabe que eu não suporto esse tipo de desafios e mais uma vez assim me “comprou”.
tocam à campainha, era, pois claro, o rapaz da pizza, subiu e entregou a pizza como sempre, recebeu o dinheiro e quando já se ia embora a “su” grita: não tem chouriço! o rapaz ficou boquiaberto de espanto e perguntou - há algum problema? há! diz a “su”, a pizza não tem chouriço! sim, é verdade diz ele tentando ser educado, mas não me lembro de ter pedido com chouriço. pedi sim diz ela, eu quero sempre com chouriço! e quero agora! e dizendo isto lança mão aos “apetrechos” do rapaz em busca do seu chouriço ao mesmo tempo que eu fecho a porta de casa e me encosto a ela. o rapaz mudou de cor umas 10 vezes seguidas, sem saber o que dizer ou fazer, acho até que ia morrendo de estar tanto tempo sem respirar, mas a “su” não se fez rogada, começou, iria acabar, como sempre.
abriu-lhe num ápice as calças e literalmente devorou-lhe o pénis, fazendo desaparecer dentro da boca, o rapaz permanecia branco como a parede e sem reacção, apenas dizia coisas que soavam a: mas, mas, olha, eu não posso, sem que nada disso fizesse parar os intentos da “su” que lhe chupava o, mais composto “zezinho”.
ás tantas, já com ele resignado e encostado ao móvel do hall de entrada a desfrutar do momento, ela pára e grita para mim – vais ficar ai a olhar? ajuda-me aqui! e lá fui eu para a confusão, de facto o rapazito tinha um “zezinho” de fazer inveja, era totalmente proporcional ao resto, atlético e forte e brincamos de “ora para ti, ora para mim” uns quantos minutos até que ele num impulso profundo se veio e como veio para a cara da “su” que entretanto tinha percebido que estava na hora e o masturbava a bom ritmo.
levantou-se a “su” e foi directa à casa de banho limpar-se o rapaz ainda meio boquiaberto arrumou como pode o “zezinho” e foi por mim empurrado para fora de casa, ao sair olhou com apreensão o relógio e disse: estou tramado! respondi-lhe – não estás nada, diz que não tínhamos dinheiro e tivemos que o ir buscar.
adeus, disse-lhe eu enquanto esperava no patamar pelo elevador, juntando-se a mim nas despedidas a “su” já mais “composta” que rematou – espero que tenhas gostado da gorjeta.
fechamos a porta, olhamos uma para a outra e ri-mo-nos que nem duas perdidas. com tudo isto a pizza ficou fria, será que iríamos ligar a reclamar do serviço? ;)